sexta-feira, 1 de julho de 2016


Em Cruzeiro, eu te amo...


Esta foto eu achei na NET e não tenho permissão para posta-la. Mas com a intensão
de mostrar a colossal Figueira, eu então a coloquei no blog. Mas, se alguém se
achar prejudicado, pela exposição pode me mandar um email ou, postar nos
comentários o desejo de sua retirada, que eu o farei imediatamente.


Á figueira Secular*




Honras sejam dadas à majestosa Figueira Secular, que Deus em Sua Infinita Sapiencia conservou para a glória deste torrão maravilhoso, que sempre será, nossa querida Cruzeiro.
Nada menos que 10 metros, mede o perímetro de seu corpo em sua medida menor. Isso equivale portanto a 3 metros de diâmetro, medidos na altura mediana de seu tronco dorsal.
Orgulhem-se cruzeirenses. Pouquíssimas cidades deste imensurável Brasil,  possui um monumento de tamanho e envergadura neste tão magoado e brutalmente violado, reino vegetal.
Bem-aventurada és tu figueira admirável, que cujas sombras amigas amenizaram os verões de tão saudosas e ilustres personalidades. Bendito sejam teus harmoniosos galhos, que suspensos quase às nuvens, contemplaram solenemente a colocação dos trilhos da imortal “ The Minas and Rio Railway”.
Bem mereces a dupla cidadania que orgulhosamente ostentas, pois nascestes muito antes do Povoado da Estação, e vives agora a honra consagradora, de ser uma imortal cruzeirense.
Obrigado rainha, pelas incontáveis partículas tóxicas que retirastes de nossa atmosfera.
Obrigado rainha pelo o aconchego e abrigo que destes à nossa fauna.
E paradoxalmente, te peço que perdoe os nossos governantes por este crime de descaso, que cometem contra ti.
E também, que não credite injustamente a esta população que tanto te ama, este odioso crime de esquecimento. Pois situada como estás, em local de custódia  do poder público, nada podem fazer em vosso favor. Não podem visitá-la nas tardes fagueiras, e nem tão pouco levar-lhe visitantes amigos para conhecê-la.
Mas sei que és forte o suficiente para nos premiar com sua presença, por mais um centenário. E portanto, certamente haverá um dia um governante sério, que ao explorar turisticamente sua beleza, lhe renderá finalmente as honras que há muito já mereces receber.
E neste dia então a natureza chorará de alegria. Um forte vento desprovido de seus sonoros uivos se fará presente, e através dele ouviremos sim, uma calorosa salva de palmas, oriunda do chacoalhar dos galhos, ofertada pelo reino vegetal à sua rainha mãe – A Figueira Secular.




* Esta árvore frondosa está plantada nas cercanias do Museu da cidade. Sua espécie é para mim desconhecida, isto por que de Botânica eu não entendo nada. Portanto, desculpem-me se por ventura não se tratar de uma figueira. Para mim sua presença é mais importante que sua espécie. Porque ainda sou daqueles (como Henfil) que contento com o que a natureza nos oferece. Se não houver frutos, valeu a beleza das flores. Se não houver flores contento-me com a sombra das folhas. Se não houver folhas... valeu a intenção da semente.


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